sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Quem não cuida da própria família renega a fé!

Antigo e sempre atual dilema: cuido das coisas de Deus ou da minha família ?
Quem já não se deparou com esta pergunta ?
Inicialmente, não vejo como a própria família não seja uma "coisa de Deus". Aliás, é uma essencial "coisa de Deus" para quem vive o estado de vida do matrimônio, pois o casamento é uma vocação, um chamado de Deus.
Portanto, não há oposição entre "as coisas de Deus" e o cuidado da família. Na verdade, este cuidado faz parte daquelas "coisas", do chamado de Deus para cada um de nós leigos que abraçamos a vocação ao matrimônio.
É triste, muito triste, ouvir pessoas que dizem frases do tipo: "Olha, deixe um pouco sua família e dedique-se mais à evangelização", ou: "Você precisa estar mais na obra, mais presente aqui, mesmo que isto lhe custe tempo com a família".
Sou bem sincero, meu irmão, minha irmã: Não consigo imaginar Deus, que é amor (cf. I Jo 4, 8), que une um homem e uma mulher no Amor, chamando-os à bela vocação do matrimônio, que cria filhos com a colaboração desse homem e dessa mulher e que, de repente, diz: "Não, você não deve ter muito tempo com os seus, com sua família!"
Seria uma tremenda incoerência!

Deus não é assim. Seus dons e o chamado que ele nos faz, inclusive ao matrimônio, são irrevogáveis (cf. Rm 11, 29).
Também não vejo que possa haver maior evangelização do que amar a própria família, dedicando tempo a ela.
O povo dos grandes eventos, onde casais evangelizam, não acreditará num pai de família que não convive com seus filhos, que não os ama passando tempo com eles e a esposa, mesmo que esse pai fale bem bonito do amor de Deus! O testemunho arrasta ou escandaliza!
Se você ainda tem dúvidas do que escrevi, deixo que o próprio São Paulo, um celibatário (alguém que não casou, que não constituiu família de sangue), fale, inspirado pelo Espírito Santo, ao seu coração:
"Se alguém não cuida dos seus, e sobretudo dos da própria casa, renegou a fé e é pior do que um incrédulo" (I Tm 5, 8).

Temos que saber a importancia do mês da bíblia

SETEMBRO
MÊS DA BÍBLIA
Nosso povo católico recebeu com simpatia a motivação do "Mês da Bíblia" para, nesse período, se dar afincadamente à leitura, meditação e conclusões práticas a dirigirem a vida com Deus.
Foi a Bíblia sempre venerada na Igreja Católica. Entretanto, é patente não bastar a Bíblia para ter certeza a respeito de tudo o que foi revelado. É a Bíblia com a Tradição a suprema regra da fé. A luz de autêntica Tradição é que a igreja pode distinguir os verdadeiros livros bíblicos do Novo Testamento doa apócrifos ou falsos. Não fora a Igreja católica, não se poderia qualificar de autênticos os Evangelhos de Mateus, marcos, Lucas e João, assegurando-os como verdadeiros, e postergando outros falsos. E assim os demais livros canônicos do Novo Testamento.
O Novo Testamento na riqueza de sua mensagem é a realidade, a concretização do Antigo Testamento. A Nova Lei leva-nos a melhor compreendermos a Antiga Lei. A Igreja Católica insta para que seus filhos leiam e estudem a Bíblia, em particular ou em grego. Alguns textos, entretanto, difíceis de compreensão, precisam ser explicados ou desenvolvidos pelos que os estudaram com pertinácia. Muitas expressões da bíblia em geral, para bem compreendidas precisarão de estudos fundamentais de arqueologia, história civil, regiões em que se verificaram determinados acontecimentos, filologia.
Algumas interpretações sem base científica poderão levar a distorções, mesmo a pessoas bem intencionadas. As multiplicações de seitas ou denominações não-católicas, que vão crescendo desabaladamente em nossos dias (Há mais de 400 seitas, todas falando de fé, de Cristo, de verdades eternas, etc.) podem explicar-se por interpretações puramente subjetivas, destituídas de objetivos fundamentos.
Frisa o Concílio Vaticano II. O amor e a veneração e o quase culto das sagradas Escrituras levam nossos irmãos a um constante e cuidadoso estudo da página Sagrada: pois o Evangelho é a força de deus para a salvação de todo aquele que crê, do judeu primeiro, mas também do grego (Romanos 1,16)
Invocando o Espírito Santo, nas próprias Sagradas Escrituras procuram a Deus, que lhes fala em Cristo prenunciado pelos profetas. Verbo de Deus por nós encarnado. Nelas contemplam a vida de Cristo e aquilo que o Divino Mestre ensinou e realizou para a salvação dos homens, sobretudo os mistérios de sua morte e ressurreição.
Mas, enquanto os Cristãos de nós separados afirmam a autoridade divina dos Sagrados Livros, pensam diferentemente de nós cada um de modo diverso sobre a relação entre as Escrituras e a Igreja. nela, segundo a fé católica, o magistério autêntico tem lugar peculiar na exposição e pregação da palavra de Deus escrita.
No entanto, no próprio diálogo as Sagradas Letras são exímios instrumento na poderosa Mão de deus para conservação daquela unidade que o Salvador apresenta a todos os homens (Unitatis Redintegratio, n. 21).
A IGREJA E A BÍBLIA: Não passa a Igreja Católica um dia sequer, em todos os quadrantes da Terra, sem ler textos sagrados contidos no Novo e Antigo Testamento. Os atos litúrgicos fomentam se de riquezas bíblicas; almas consagradas a Deus na vocação sacerdotal ou religiosa encontram alimento diário nas Sagradas Escrituras.
Na celebração da Missa, antes da eucaristia que é o Divino Pão da alma, os participantes recebem o pão da palavra bíblica que lhes alimenta o espírito.
Ao participarem, pois, da Santa missa, os fiéis católicos se esforcem o máximo possível para escutar a Palavra de Deus. e escutar é bem mais do que simplesmente o ouvir. Ouvir é para quem não fecha os ouvidos e apanha o som das palavras, enquanto Escutar é prestar toda a atenção possível na leitura e comentário da palavra de Deus. Não é o saber de cor textos bíblicos o que mais importa, e sim assimilar-lhes o sentido, a sua essência, e procurar por na vida a prática do que fora escutado.
Tomando em conta, particularmente, os evangelhos, são eles de atualidade perene, aproveitando aos de boa vontade, em todo o orbe terrestre, servindo à verdade e à virtude.
Escreveu, no século III, São Cipriano Bispo e Mártir, que os preceitos evangélicos outra coisa não são que ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, alicerces para consolidar a fé, alimentos para revigorar o coração, leme para dirigir o caminho, refúgio para garantir a salvação. enquanto instruem na Terra os espíritos dóceis dos fiéis, conduzem-nos para o Reino dos Céus Tratado sobre a oração do Pai Nosso (cap 1-3: PL Patrologia. Latina, 4, 519).
Ouçamos também estas palavras de Eusébio, Bispo de Cesaréia, do século IV. Diz ele que João Batista, em pregando a céu aberto, "é por isso que aquela voz manda abrir o caminho para o verbo de Deus, a aplainar os obstáculos e aspereza, a fim de que o nosso Deus possa entrar (...). É esta a pregação evangélica e a nova consolação que quer fazer chegar ao conhecimento de todos os homens a salvação de deus (...). quem é que leva a Boa Nova senão o coro doa apóstolos que proclamam o Evangelho? Que significa Boa Nova? Pregar a todos os homens e, em primeiro lugar, ás cidades de Judá, a vinda de Cristo à Terra" (Sobre o profeta Isaías, cap. 40: PG (Patrologia Grega), 367-367).
Estudar os Evangelhos de modo especial, meditá-los e coloca-los na própria vida. e fazer apostolado concitando a outros a fazerem o mesmo. E ser cada cristão apóstolo da Boa Nova, levando-a aos irmãos de coração aberto.
Em nenhum lar faltem os Evangelhos. Propomos para o Mês da Bíblia, neste setembro, o Livro de Rute, livro rico de beleza poética e de incentivos à caridade. Leiamo-lo, pois, com atenção e interesse.

Temos que ter esperança Sempre

A esperança

Havia milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.
Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.
Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras se misturaram aos brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram?
Perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...
E o Senhor lhes disse
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.
Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?
Um anjo que estava perto retrucou:
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, aonde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa? - voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.
E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.

Isso é Muito Importante


Precisamos aprender a ouvir a Deus
Tempos atrás, um jovem estudava na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), e participava de um dos nossos grupos. O trabalho dele era com rádio em aviação. Ele disse que todos os estudantes passavam por treinamentos muito duros, em que eram obrigados a entender mensagens em inglês, no meio de muito barulho, de muita interferência, e aqueles aparelhos zunindo com muito ruído.

Eles tinham de afinar o ouvido para entender com precisão a mensagem. Eram treinados nisso, para ficar com o ouvido muito, muito apurado, apesar dos ruídos, apesar das interferências, para captarem com precisão a mensagem. Na vida prática, quando estiverem nos aeroportos ou nos aviões, precisam ter um ouvido muito apurado, muito preciso, porque terão vidas sob a sua responsabilidade. Se não entenderem a mensagem, ou se a entenderem mal, porão em risco muitas vidas.

Na vida espiritual é a mesma coisa. Precisamos aprender a ouvir a Deus. Se não tivermos facilidade de ouvir ao Senhor, se não tivermos a habilidade de ouvi-Lo, arriscaremos em primeiro lugar a nossa vida, e depois a vida de muita gente.

A sabedoria de Deus está ao nosso alcance, mas precisamos captá-la, e a verdade é que a sabedoria divina é posta em nós, lá no centro de nós mesmos, mas rodeada de muito barulho, de muito ruído. Não que Deus Pai o queira, mas porque já há muito ruído dentro de nós: mil vozes, mil coisas, mil preocupações ao nosso redor. É difícil fazermos silêncio, pararmos e entrarmos dentro de nós mesmos. O mundo nos solicita o tempo todo.

É barulho de rádio, de televisão, de carro, de rua, de máquina, e a gente nesse torvelinho. E por causa disso, o barulho está na nossa cabeça. Parece que a gente se acostuma com aquele barulho, com aqueles sons, e a nossa cabeça vai no mesmo ritmo dos barulhos ao nosso redor. Temos de treinar a entrar em nós mesmos, e é por isso que Deus vem em nosso auxílio dando-nos Seus dons.

Deus o abençoe!