sábado, 3 de setembro de 2011

A Missa e seu significado

“Pegando o cálice, deu graças e disse: 'Tomai este cálice e distribuí-o entre vós (...) Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: 'Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: "Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós...".

(Lc 22, 17-20)


Nessa ocasião Jesus celebrou a primeira missa. É importante notar que o Senhor pede que o cálice seja distribuído entre todos; é a partilha, a comunhão entre os presentes. Depois, Jesus diz “isto é”. Ele não disse isto representa ou significa, mas disse bem claramente “é”. Neste momento, no mundo inteiro é celebrada uma missa onde o pão é transformado no Corpo de Cristo e o vinho transformado em Seu Sangue, pelo poder do Espírito Santo.

O grande milagre
A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico.

Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a missa traz.

Lembremo-nos, antes de qualquer coisa, de que somos convidados especiais. Jesus convida a cada um de nós em particular para esta festa. Preparemo-nos, portanto, de um modo muito mais cuidadoso do que para qualquer outra festa, porque nesse caso o anfitrião é Deus em pessoa.

Ao entrar na Igreja, saibamos dar valor à graça de Deus que nos trouxe ao momento presente, abrindo nosso coração na certeza de que Deus nos ama. Ao entrar, é também importante persignar-se com água benta, pois essa é uma maneira de recordarmos o nosso Batismo e invocar a proteção e a bênção do Senhor.

A Missa é para todos, mas a maneira de cada um participar pode ser diferente. Depende da fé que as pessoas têm. Existe quem vem à Missa para fazer pedidos a Deus, outros apenas para cumprir uma obrigação e outros com alegria e fé, para louvar e bendizer a Deus. E você porque veio à Missa? (pausa)

Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:

Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a grande construção. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro, carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles. A pergunta foi a mesma para todos.

- O que você está fazendo? 

- Carregando pedras, disse o primeiro.
- Defendendo meu pão, respondeu o segundo.

Mas o terceiro respondeu:

- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a Deus, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu.

Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:

- Existem os que vão para cumprir um preceito;

- Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;

- E há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.

MAS PORQUE IR À IGREJA?

O individualismo não tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O próprio céu é visto como uma multidão em festa e não como indivíduos isolados. A Igreja é o povo de Deus. Com ela Jesus fez a Nova e Eterna Aliança no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assembléia. É um povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus Cristo.

A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um só "corpo". São Paulo disse aos cristãos: "Agora não há mais judeus nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Pois todos vós sois UM SÓ em Cristo Jesus" (Gl 3,28).

FORMAÇÕES



Imagem de Destaque

Por que se ama tanto o pecado?

Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado
Sim, isso é uma pergunta, contudo, nesta circunstância, terei a ousadia de conjugá-la como uma afirmação: “Sim, amamos muito o pecado…”. Todavia, do título inicial quero conservar a interrogação: Por quê? Esta afirmação se fundamenta no ofício de observar e na arte de contemplar corações em um constante “debater-se” diante das razões e significados que compõem sua própria existência.
Ao observar alguém que abre mão de um vício/pecado, procurando desvencilhar-se dele por meio da renúncia, percebe-se – não raras as vezes – um profundo sofrimento e até mesmo revolta em virtude da ausência do pecado. É como se tal coração julgasse estar prestando um favor imenso a Deus por estar abrindo mão daquilo que mais ama.


Mas por que se ama tanto os vícios e pecados? Por que, comumente, se inventa tantas desculpas para justificá-los? E por que sofremos e nos debatemos tanto por sua ausência?
Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado, para convencer a todos de que ele é algo normal, e que é, até mesmo, uma “virtude”.


Não se costuma ouvir pessoas dizendo: “Eu não aguento mais ficar sem adorar a Jesus na Eucaristia. Já estou ficando louco! Preciso adorá-Lo agora!”. Mas, infelizmente, é comum ouvir muitos entoando: “Não aguento mais ficar sem sexo (desregrado/fora do matrimônio), sem bebidas, drogas, prostituição, nem sem pensar e falar bobagens… Estou ficando louco sem isso!”.
É lastimável, mas, na maioria das vezes, Deus fica tão pequeno dentro de nós diante da força e expressão que possui o pecado, que dá até – metaforicamente falando – para ter dó d’Ele, pois, Ele acaba ficando sempre em segundo plano diante do amor que o homem nutre pelo pecado.
“Faz-se de tudo para possuir o que se ama!”. Diante de tal enunciado desvela-se a imprecisão de muitos corações que professam um amor profundo a Deus, mas não são capazes de “mover uma palha” para estar com Ele e saber um pouco mais como funciona o Seu belo coração. “Amam” tanto a Deus, mas não são capazes de deixar, muitas vezes, de assistir a um jogo de futebol para ir à Santa Missa… Contudo, para estar com o pecado parece que a disposição é sempre nova e real.
Perguntemo-nos: Pelo que meu coração tem lutado? O que ele tem verdadeiramente buscado e desejado? E mais: o que ele tem amado? É preciso ser realmente sincero consigo para responder a essas perguntas e para perceber onde, de fato, se tem ancorado o próprio coração.


O caos – ausência de ordem – estabelece-se quando o princípio que move o coração deixa de ser Aquele que o criou. Assim, os próprios valores desvalorizam-se e o homem fica de “ponta cabeça”, valorizando o circunstancial – aquilo que passa – e esquecendo-se do eterno – lugar onde reside a verdadeira realização.
Exerçamos com sensibilidade essa observação e descubramos sinceramente em que paragens tem peregrinado o nosso coração. Para assim podermos, com inteireza e responsabilidade, direcioná-lo ao seu verdadeiro bem.

Sera Que Somos Dessa Forma

Lançar fora o medo


Olá! Mais uma vez quero partilhar com você algumas coisas que Deus coloca em meu coração.

No domingo, dia 7 de agosto de 2011, o Evangelho da Santa Missa foi o de São Mateus, capítulo 14, versículos de 22 a 33, que narra a passagem em que Jesus andou sobre as águas. Durante a Celebração Eucarística eu fiquei refletindo em que ponto eu sou como Pedro, ora audacioso ora medroso. Mas, antes disso, vamos fazer um paralelo desse Evangelho com o ministro de música.

Já no início do texto bíblico há uma ordem de Jesus Nazareno aos discípulos: "Entrem na barca e vão para o outro lado do mar". Os discípulos foram. Meditando um pouco sobre esse trecho do texto: Qual a ordem de Jesus para o nosso ministério? Com certeza, não estamos desempenhando um papel na Igreja sem sentido, ou estamos lá simplesmente por estar, existe um querer de Jesus, uma ordem para nós. No texto sagrado, não está escrito por que o Senhor mandou os discípulos para o outro lado do mar, mas eles foram. Um detalhe no texto é que Jesus diz que fossem adiante d'Ele, ou seja, eles iriam encontrá-Lo mais tarde, isso era certo.


Precisamos saber: O que Jesus quer de nós no nosso ministério e para onde Ele nos envia. Que tipo de trabalho precisamos desempenhar na Igreja, na comunidade. Isso é matéria-prima para nossa oração, tanto pessoal como comunitária. Continuando, o texto sagrado também narra que: "O barco já longe da terra era atormentado por ondas, pois o vento era contrário".

É muito interessante essa parte do texto, pois quando descobrimos a resposta, sabemos e até temos certeza do que Jesus quer de nós; no entanto, muitas coisas acontecem para nos desestruturar e nos fazer temer. É aí que muitos desistem, pois começam as tribulações, parece que as dificuldades aumentam e tudo começa a dar errado. Não é hora de desistir. Ficar assustado com tudo isso é até normal, mas é hora de intensificar a oração. Você sabe o que o Senhor quer para você e para seu ministério; então vá em frente.

Jesus, ao ver a aflição dos amigos, vai ao encontro deles e não vai de qualquer maneira, mas vai milagrosamente andando por cima das águas; e Pedro, de forma impetuosa, pede ao Mestre para andar sobre as águas também e Ele lhe diz: "Vem". E o apóstolo caminha sobre as águas corajosamente, mas tem medo e afunda.

O Senhor nunca nos deixará sozinhos em nosso ministério. Ele sempre vem ao nosso encontro dizendo-nos: "Coragem, não tenhais medo!" O Senhor nos permite andar com Ele sobre os problemas que enfrentamos, sobre nossos relacionamentos conturbados, sobre nosso orgulho, sobre as dificuldades pelas quais passamos. Nessas horas começamos até com coragem, mas, quando nos vemos vivenciando o milagre, ficamos com medo e voltamos atrás. Temos medo do futuro, medo da entrega, medo de não conseguir conciliar tudo, medo de abrir o profundo do coração para Jesus transformar. Dessa forma, infelizmente, tudo se perde e afundamos.

O Senhor Jesus não nos deixa, mas nós precisaremos voltar à "barca" e renovar a fé.

Reflita sobre isso com todos de seu ministério. Qual a ordem de Jesus para você? Aonde Ele quer que você vá? Aonde você tem medo de ir?

MENSAGEM DO DIA

Sábado, 03 de setembro 2011
É preciso colher a sabedoria do Senhor
Poder-se-ia afirmar: “A sabedoria de Deus está no ar, está aí à nossa disposição, como as ondas do rádio”. Precisamos captar, sintonizar a sabedoria do Altíssimo e colhê-la. Colher a sabedoria do Senhor não significa que vamos nos tornar sábios. Bem ao contrário, nós somos sem sabedoria, precisamos constantemente da sabedoria do Senhor.

A sabedoria de Deus nos vai sendo dada a cada momento: agora e depois... A cada momento nos vai sendo dada a sabedoria do Senhor de acordo com a nossa necessidade. Nunca seremos perfeitamente sábios. Há pessoas que podem se iludir pensando que, recebendo o dom da sabedoria, colhendo a sabedoria de Deus, vão ficar sábias. Então tudo o que fazem é sábio, tudo o que dizem é sábio... Não é assim, pelo contrário. Nós seremos sempre pobres, sem conhecimento e sabedoria, constantemente necessitados da sabedoria divina.

A grande perda que o pecado original nos acarretou foi justamente tirar a nossa visão espiritual. Não temos visão espiritual, somos como cegos. Vamos apalpando as coisas pelo caminho. Por essa razão, precisamos da sabedoria do Todo-poderoso, da luz e da condução d'Ele.

Precisamos que Deus nos encaminhe em cada momento da nossa vida. E o mais lindo é isto: a sabedoria de Deus está ao nosso alcance, tanto quanto o Seu poder. Começamos a experimentar o poder do Senhor, mas Ele quer que experimentemos também a sabedoria d'Ele. É preciso que a busquemos, que a colhamos, que a utilizemos em nossa vida.

Deus o abençoe!